Vermelho / New York

Foto: Gabriela Canale

Acorda com uma dor de cabeça daquelas em que os sentidos parecem dobrar ao simples toque do telefone.

Levanta e vai ao banheiro apoiando se nas paredes, vê no espelho o reflexo da maquiagem sensual da noite passada, que agora lhe borra a face, deixando aparente sua real beleza.

Molha o rosto e vestida apenas com uma peça de roupa, vai escorada do banheiro a cozinha em busca de água e remédios.

Abre o armário, com uma das mãos apóia se na pia, fica de ponta, com a outra tateia na segunda prateleira, encontra a cartela, retira um, abre a geladeira, que está repleta de nada e uma jarra mineral.

Engole o comprimido e bebe na jarra, que larga não lhe toma toda boca, escorre, molha o corpo, um quase banho, e na tentativa de secar a pele passa uma das mãos, do seio ao abdômen espalha o rastro feito de água, que ainda percorre, seu seio enrijece, a pele arrepia, ao sentir o percurso d’água sobre a pele, agora já na coxa.

E tomada por um sentimento alheio a explicações, relembra toda noite como um filme ao olhar o Vermelho/New York nas unhas.

Volta para cama, a flor da pele, afinal é Domingo.

Um comentário:

Anônimo disse...

te devo um texto sobre. já comecei, mas quero mudar umas coisas nele. te mando assim que mudar de ape! essa semana estou como louca.....