Lavou todas as roupas e estendeu no varal, aproveitando o Sol do Sábado.
Colocou Brisa, a alegre companheira na corrente, que por sua vez resmungava a falta de confiança.
Fecha as portas e janelas e vai para a casa da Tia Lara, para o chá da tarde, porém esquece de soltar a cadela.
O tempo fecha durante sua visita, uma chuva se anuncia, dessas que barco seria o melhor transporte nas ruas de Porto Alegre.
Enquanto toma seu chá, pensa na roupa que se encharca no varal e na pobre Brisa, encolhida, ao relento e sozinha naquela tempestade.
Fica impossibilitada de volta pra casa, não existe um taxista que aventure a atravessar a cidade, naquele dia eram cachoeiras que desciam das nuvens.
No dia seguinte entra em casa desesperada e corre para o quintal
Não acreditou na visão que teve, queria matar Brisa, que a olhava com olhos de inocência e balançava seu meio rabo.
Brisa desenvolveu habilidade na técnica de recolher a roupa do varal, como também as coloca sempre juntas e lógico, deita em cima.
E não adiantou ter ido para coleira.
A vira-lata, medrosa, arrebentou a surrada tira de couro no primeiro trovão, estava seca e tinha passado a noite bem aquecida sobre as roupas retiradas do varal.
Um comentário:
adoro! linda foto!
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